segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Evangelho do dia 01 de Novembro 2011 – Lc 14, 15-24

Lucas 14, 15-24

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas.

Naquele tempo, 15A estas palavras, disse a Jesus um dos convidados: Feliz daquele que se sentar à mesa no Reino de Deus! 16Respondeu-lhe Jesus: Um homem deu uma grande ceia e convidou muitas pessoas. 17E à hora da ceia, enviou seu servo para dizer aos convidados: Vinde, tudo já está preparado. 18Mas todos, um a um, começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um terreno e preciso sair para vê-lo; rogo-te me dês por escusado. 19Disse outro: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te me dês por escusado. 20Disse também um outro: Casei-me e por isso não posso ir. 21Voltou o servo e referiu isto a seu senhor. Então, irado, o pai de família disse a seu servo: Sai, sem demora, pelas praças e pelas ruas da cidade e introduz aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. 22Disse o servo: Senhor, está feito como ordenaste e ainda há lugar. 23O senhor ordenou: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga todos a entrar, para que se encha a minha casa. 24Pois vos digo: nenhum daqueles homens, que foram convidados, provará a minha ceia.

Palavra da salvação.

A parábola do banquete do Reino mostra como os que estão empenhados exclusivamente em seus negócios: comprei um terreno e tenho que examiná-lo,no frenesi de seu trabalho; comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las, ou na exclusividade do círculo familiar, não podem entrar para participar plena e alegremente na vida comunitária. Esta exige uma disponibilidade generosa e a aspiração de construir algo maior que os pequenos negócios e trabalhos familiares.

Por estas razões, aqueles que estão empenhados em suas próprias preocupações sem olhar o horizonte dos povos, sem valorizar as utopias históricas, não estão aptos para participar do banquete do Reino. Este necessita de uma abertura a todos os seres humanos e a todos os ideais de humanização.

Por isso os convidados são aqueles que realmente têm esperança histórica e confiam que podem construir a nova casa do Senhor. Esta é um projeto alternativo, um mundo onde não há excluídos e onde o importante não é a produtividade nem o lucro, mas a máxima expressão da criação: o ser humano.

Por outro lado, devemos saber que o coração de Deus nos aguarda para saciar-nos com o pão da vida, por isso, Jesus nos convida a participarmos do Banquete do Amor do Pai. Para cada um de nós há um lugar reservado a fim de que nos fartemos com o alimento adequado para a nossa alma. Neste Evangelho, Jesus nos fala das coisas “lícitas” que nos impedem de aceitar o convite do banquete no reino de Deus. Da mesma forma como na Parábola, nós vivemos dando desculpas e justificativas para não aceitarmos o convite de Jesus.

Nós nos escusamos, muitas vezes, de entrar no Reino dos Céus por causa das nossas ocupações. Só aceitamos o convite que Jesus nos faz por meio de outras pessoas na hora que nos convêm, damos preferência aos nossos negócios e interesses pessoais e desprezamos o pão de Deus para nos “deliciarmos” com o “pão do mundo”. Esta é uma verdade factual na nossa vida. A parábola do banquete é uma mensagem que abre os nossos olhos para as realidades de Deus que deixamos de usufruir em vista das nossas “ocupações” e que, mais tarde, talvez nós não tenhamos o tempo hábil para participarmos. No entanto, Jesus continuará a nos atrair quando acena para os coxos, os cegos, os aleijados, os pobres e miseráveis. Muitas vezes, nós precisamos nos sentir assim para que o convite de Jesus seja aceito por nós. “Feliz é aquele que come o pão no reino de Deus”! Felizes nós seremos quando, reconhecendo as nossas deformidades, buscarmos o alimento de Deus através da sua Palavra, da Eucaristia, da Oração, da Adoração ao Santíssimo, do estar em comunidade no serviço e no amor.

Você já aceitou o convite para participar do banquete do Reino de Deus? Você tem certeza que tem atendido ao convite de Jesus? A que alimento você tem dado prioridade para saciar a sua fome: ao pão do céu ou ao pão do mundo? O que tem sido mais importante para você: o banquete de Deus ou as suas ocupações e preocupações?

Pai, tu me convidas cada dia para participar das alegrias de teu Reino. Que eu saiba acolher teu convite paterno, fazendo-me solidário com os pobres e os deserdados deste mundo.

domingo, 25 de setembro de 2011

Que fim de semana mais perfeito!  Nós Vicentinos de Várzea Alegre e Região, estivemos em Retiro, num lugar belíssimo, Centro de Expansão! Que maravilha! Só bênçãos e graças. Muita amizade, muita espiritualidade. Turma bacana de Aurora, Barbalha, Crato, enfim… Um show daqules…

 

 

Amanhã, voltaremos com liturgia diária, ok?

Fiquem com Deus!!!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 9Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu Jesus.
10Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?”
12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Vale a pena ser justo?

A liturgia dessa semana enfoca, em diferentes situações, o mesmo tema: alguém que se considera mais merecedor, e que se sente desprestigiado por Jesus dar mais atenção aos pecadores. É nesse contexto, que hoje tentaremos conectar as três frases finais de Jesus.

"Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim osdoentes." Esta frase está diretamente conectada à última ("Eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores"). Esta é uma metáfora fácil de entender... Médico = Jesus. Aqueles que têm saúde = Justos. Doentes = Pecadores. Os pecadores são assistidos por Jesus, e isso é maravilhoso. A questão agora é: então os que são justos ficam esquecidos? Em segundo plano? De que adianta ser justo então, se quem recebe a atenção de Jesus são os pecadores?

É nessa situação que se encontra o irmão do Filho Pródigo... Ele sempre foi justo, e o que o Pai falou para ele foi: "Meu filho, você sempre esteve aqui comigo... tudo o que é meu, é seu também." Opaaa!!! Então essa é a grande novidade: o justo já usufrui de tudo o que é do Pai. O Pai confia nele, e se tranqüiliza por saber que não precisa se preocupar em perdê-lo. Este filho usufrui de forma comedida dos bens que compartilha com o Pai. O problema é quando ele encara esse comedimento como um sacrifício, a partir do momento que vê os exageros com que os outros filhos estão se aproveitando dos bens do Pai, enquanto ele só utiliza o necessário...

É aí que entra a segunda frase de Jesus: "Eu não quero sacrifício, quero misericórdia." Se alguma vez, quando você agiu da forma correta, ficou se sentindo um idiota, se arrependeu, e isso foi um sacrifício para você, acredite: era melhor nem ter feito. Jesus não quer o seu sacrifício... Ele quer que os seus atos sejam naturais! Quando você devolver o troco que veio a mais na padaria, que isso não seja um sacrifício para você... Quando você fizer um jejum, quando deixar de falar mal de alguém, quando evitar uma discussão, quando deixar algum vício, quando for à missa, quando elogiar, quando perdoar, quando pedir perdão, quando AMAR... que nada disso seja um sacrifício para você... mas que seja umexercício de misericórdia... e, com o tempo, passe a ser natural...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ENCAJUVI – Econtro Caririense da Juventude Vicentina

Dias 23, 24 e 25 de Setembro

Reflita

DEFICIÊNCIAS
Renata Vilela

Já andei por tantos caminhos e já vivi tantas coisas, que hoje vejo que o preconceito e discriminação estão em cada um de nós, e cabe a nós quebrá-los para que possamos viver numa sociedade mais justa e humana.
Hoje posso afirmar que:
"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E "Miserável" somos todos que não conseguimos falar com Deus.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo.
19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”.
22Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 23“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Homilia

O cumprimento da profecia em Jesus Cristo-MT-1,1-16.18-23

Mateus inicia seu Evangelho com uma genealogia de Jesus, através de José, incluindo-o na descendência de Davi. Para nos dar a conhecer que em Jesus Cristo se cumprem as promessas divinas de salvação feitas a Abraão em favor de toda a humanidade (Gen 12, 3). Igualmente se cumpre a profecia de um reino eterno dada por meio do profeta Natan ao rei David (2 Sam 7, 12-16). Assim no Evangelho de hoje Mateus, nos mostra a ascendência de Jesus Cristo segundo a Sua humanidade, ao mesmo tempo em que dá uma indicação da plenitude a que chega a História da Salvação com a Encarnação do Filho de Deus, por obra do Espírito Santo. Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é o Messias esperado. Celebramos a festa da natividade de Maria. Ela, jovem pobre e simples é agraciada e escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus, o Filho de Deus que se fez homem e habitou entre nós. Grande foi à alegria que envolveu os Pais de Maria pelo seu nascimento. Todavia, maior é a alegria do mundo. Pois por ela veio o Redentor do mundo.

Assim celebrar a natividade de Maria, é tornar presente e a inserção no projeto de Deus de comunicar sua vida divina e eterna às suas criaturas, homem e mulher, transformando o mundo pelo amor, realizado na vida comum do dia a dia, trazendo a paz e a vida plena para todos.

A grande mensagem apresentada por Mateus é a importância da genealogia entre os judeus. Pois ela representa a estrutura de três grupos. Cada grupo consta de catorze elos que mostram o desenvolvimento progressivo da história sagrada.

Pela genealogia a pessoa via a sua identidade. Via-se ligada à família e tribo. Por ela se pertencia ou não ao eleito. Porém, lendo o relato encontramos os nomes de quatro mulheres Tamar (cfr Gen 38 ). São mulheres estrangeiras, que de um ou outro modo se incorporam na história de Israel, para dizer que a salvação divina abarca toda a humanidade.

Cita-se personagens pecadores, mostrando que os caminhos de Deus são diferentes dos caminhos humanos. Através de homens cujo comportamento não foi reto Deus vai realizar os Seus planos de salvação. Ele nos salva, nos santifica e nos escolhe para fazer o bem, apesar dos nossos pecados e infidelidades. Tal é o realismo que Deus quis fazer constar na história da nossa salvação.

O povo vai parar em Babilónia fala-se em 2 Reg 24-2 5 para se cumpre a ameaça dos profetas ao povo de Israel e aos seus reis, como castigo da sua infidelidade aos mandamentos da Lei de Deus, especialmente ao primeiro.

Um aspecto a salientar é o fato de entre os Hebreus as genealogias fazer-se por via masculina. José, como esposo de Maria, era o pai legal de Jesus. A figura do pai legal é equivalente quanto a direitos e obrigações à do verdadeiro pai. Neste fato se fundamenta solidamente a doutrina e a devoção ao Santo Patriarca como padroeiro universal da Igreja, visto que foi escolhido para desempenhar uma função muito singular no plano divino da nossa salvação: pela paternidade legal de São José é Jesus Cristo Messias descendente de David.

Concluindo diremos que o relato do nascimento de Jesus ensina através do cumprimento da profecia de Isaías 7, 14 que Jesus é descendente de David pela via legal de José; que Maria é a Virgem que dá à luz segundo a profecia; e por último que Jesus Cristo saiu do seio materno sem detrimento algum da virgindade de Sua Mãe. Por isso, com louvores, celebramos a sempre virgem imaculada, concebida sem pecado.

Pai, que a presença de teu Filho Jesus, na História, leve à plenitude a obra de tua criação, fazendo desabrochar, em cada coração humano, o amor para o qual foi criado.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

DIA 04 DE SETEMBRO(DOMINGO) MISSA DE ABERTURA DO ANO VICENTINO

2011/2012,  QUE TEM COMO TEMA: SSVP: Berço Vocacional – Ser Vicentino é Bom de Mais!!!

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 33os fariseus e os mestres da Lei disseram a Jesus: “Os discípulos de João, e também os discípulos dos fari­seus, jejuam com frequência e fazem orações. Mas os teus discípulos comem e bebem”. 34Jesus, porém, lhes disse: “Os convidados de um casamento podem fazer jejum enquanto o noivo está com eles? 35Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, naqueles dias, eles jejuarão”.
36Jesus contou-lhes ainda uma parábola: “Ninguém tira retalho de roupa nova para fazer remendo em roupa velha; senão vai rasgar a roupa nova, e o retalho novo não combinará com a roupa velha. 37Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama; e os odres se perdem. 38Vinho novo deve ser posto em odres novos. 39E ninguém, depois de beber vinho velho, deseja vinho novo; porque diz: o velho é melhor”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

No evangelho de hoje vemos de perto um conflito entre Jesus e as autoridades religiosas da época, escribas e fariseus (Lc 5,3). Desta vez, o conflito é sobre a prática do jejum. Lucas CTA vários conflitos em relação às práticas religiosas da época: o perdão dos pecados (Lc 5,21-25), comer com os pecadores (Lc 5,29-32), o jejum (Lc 5,33-36), e dois conflitos sobre a observância do sábado (Lc 6,1-5 e Lc 6,6-11). • Lucas 5,33: Jesus não insiste sobre a prática do jejum. Aqui o conflito se dá sobre a prática do jejum. O jejum é um costume muito antigo, praticado em quase todas as religiões. O próprio Jesus segue este costume durante quarenta dias (Mt 4,2). Mas não insiste com os discípulos para que façam o mesmo. Deixa-os livres. Por isso, os discípulos de João Batista e dos fariseus, que eram obrigados a jejuar, querem saber por qual motivo Jesus não insiste sobre o jejum. • Lucas 5,34-35: Quando o esposo está com eles não tem necessidade de jejuar. Jesus responde com uma comparação. Quando o esposo está entre seus amigos, isto é, durante a festa das bodas, eles não devem jejuar. Jesus se considera o esposo. Durante o tempo em que Jesus se encontra no meio de seus discípulos, é a festa de casamento. Quando depois, o esposo não estará mais, aí então, se quiserem, podem jejuar. Jesus alude à sua morte. Ele sabe e tem consciência que se quiser continuar por este caminho de liberdade, as autoridades o matarão. No Antigo Testamento, várias vezes, o próprio Deus se apresenta como o esposo do povo (Is 49,15; 54,5.8; 62,4-5; Os 2,16-25). No Novo Testamento, Jesus é considerado o esposo de seu povo (Ef 5,25). O apocalipse fala da celebração das bodas do Cordeiro com sua esposa, a Jerusalém celeste (Ap 19,7-8; 21,2.9). • Lucas 5,36-39: Vinho novo em odres novos! Estas palavras da roupa nova com remendo velho e do vinho novo em odres velhos devem ser entendias como uma luz que lança clareza sobre vários conflitos narrados por Lucas, antes e depois da discussão sobre o jejum. Esclarecem a atitude de Jesus em relação aos conflitos com as autoridades religiosas. Em nossos dias seriam comparados aos conflitos quais: o casamento entre pessoas divorciadas, a amizade com prostitutas e homossexuais, comungar sem ser casado na igreja, não participar da missa aos domingos, não jejuar na sexta-feira santa, etc. Não se cose um retalho novo numa roupa velha. Porque quando se lava o retalho novo se aperta e rasga ainda mais a roupa velha. Ninguém coloca vinho novo em odres velhos, porque o vinho novo com sua fermentação arrebenta com o odre velho. Vinho novo em odres novos! A religião defendida pelas autoridades religiosas era com uma roupa velha, como um odre velho. Não se pode comparar a novidade trazida por Jesus com os costumes antigos. Ou um, ou outro! O vinho novo que Jesus traz arrebenta com o odre velho. É necessário saber separar as duas coisas. Muito provavelmente, Lucas traz estas palavras de Jesus para orientar as comunidades dos anos 80. Havia uma grupo de judeus cristãos que queriam reduzir a novidade de Jesus ao judaísmo de antes. Jesus não é contra o que é “antigo”. Mas não quer que o antigo se imponha sobre o novo, lhe impedindo de se manifestar. Seria como se a Igreja católica reduzisse a mensagem do Concilio Vaticano II à igreja antes do Concílio, como hoje muitas pessoas parecem querer fazer. Para uma avaliação pessoal • Quais são os conflitos sobre práticas religiosas que hoje mais trazem sofrimento às pessoas e são motivo de muita discussão e polêmica? Qual é a imagem de Deus que está por trás de todos estes preconceitos, normas e proibições? • Como entender hoje a frase de Jesus: “Não inserir remendo novo numa roupa velha”? Qual é a mensagem que podes tirar disto em tua vida e para a vida da tua comunidade?


 

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sábado, 27 de agosto de 2011

Evangelho (Mateus 16,21-27)

Domingo, 28 de Agosto de 2011
22º Domingo do Tempo Comum

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O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 21Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia.
22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!”
23Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”
24Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.
26De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com sua conduta”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida?

Logo após a profissão de fé do apóstolo Pedro, Jesus começa a dizer abertamente aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito.

Pedro já tinha afirmado que Jesus era o Cristo, o Messias, o Filho do Deus vivo. Jesus além de confirmar o que Pedro dissera, chamou-o de beato por receber esta revelação de Deus e lhe confiou as chaves, constituindo-o “pedra” de fundamento da nova comunidade que pretendia construir. Desde esse instante, dá-se início a esta construção, mas com uma mudança no ministério de Jesus.

Pois, “Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da lei e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. É precisamente aqui que começa a segunda etapa da missão de Jesus. Ele apresenta de que modo se apresentará. E um modo nada esperado, completamente sem lógica aos olhos humanos.

Por isso, Pedro enxerga uma contradição entre aquilo que ele mesmo acabou de professar e aquilo que Jesus acaba de anunciar de maneira tão solene. De fato, como pode Jesus, depois de operar tantos prodígios e pregar que veio trazer vida plena, agora falar de sofrimento e de morte? (parece uma derrota). Para os discípulos, isto não é apenas decepcionante, mas significa a queda de um mundo de esperanças. E, por isso, Pedro não quer aceitar este destino de Jesus e se defende como pode, repreendendo-o, protestando.

Certamente, a repreensão de Pedro é a normal reação do homem diante da perspectiva da dor e da morte; mais, é a reação do amigo, que defende o amigo, e que quer protegê-lo de qualquer perigo; mesmo quando, neste caso, Pedro parece ter esquecido que o seu amigo é o Filho do Deus vivo. De fato, ele volta a pensar em Jesus como um messias triunfante no campo político (pensamento da teologia da libertação), para liberar o povo da opressão inimiga.

Mais uma vez, parece voltar atrás, lembra os quarenta dias no deserto, quando Jesus enfrentou Satanás, que lhe propunha tal messianismo terreno, feito de prestígio, poder e riqueza. A tentação diabólica parece representar-se com força nas palavras de Pedro que não queria aceitar o fim doloroso do Mestre.

Assim, Jesus o repreende com muita firmeza. Pouco antes, Ele tinha chamado Pedro de “pedra”, coluna sustentável sobre a qual edificaria a sua Igreja; agora, chama-o de “satanás” (em aramaico significa obstaculador, aquele que impede o caminho, pedra de tropeço, o que fazer cair, tentador) e pede que o mesmo se coloque “no seu lugar” que é aquele de discípulo. Não cabe ao discípulo colocar-se à frente do mestre, para dar-lhe instruções. É o contrário, o discípulo é quem tem que ficar atrás do mestre, confiar a ele sua vida e segui-lo. Por isso, a tradução correta não é afasta-te de mim, mas “vá para trás de mim”, ou seja, ponha-te no teu lugar, seja discípulo, me siga, deixe de me tentar para que eu abandone minha missão salvadora.

Com isto, Jesus deixa claro que embora a confissão de Pedro viesse por revelação de Deus Pai; agora, ele já não está mais falando assim. O que Pedro está fazendo é deixar-se dominar pelos pensamentos humanos: “Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas, sim, as coisas dos homens”, diz Jesus.

Deste contraste de pensamentos, isto é, entre a forma de pensar de Deus e a dos homens, é que o Evangelho suscita questões fundamentais sobre a vida humana: qual é o valor e o significado da nossa vida? A nossa vida terrena é a única vida? Como devemos usar esta vida para nos sentir plenos? O que podemos esperar dela? Devemos nos apegar a ela a qualquer preço e por isso, procurar tirar tudo dela?

A resposta a tais questionamentos é o próprio Jesus quem nos dá. Por meio do seu caminho, Ele mostra que a nossa vida atual não é a única vida, o valor último e mais alto, e esta não tem em si mesma o próprio significado e o próprio fim. Jesus sabe que Deus estabeleceu para Ele um caminho através da rejeição, do sofrimento e da morte, e Ele acolhe este caminho das mãos do Pai. Jesus perderá a sua vida com uma morte cruel e injusta.

Na verdade, Jesus nunca disse que a plenitude da vida indicasse uma vida fácil, tranquila, em meio à riqueza, privilégios, privada de sofrimentos. A sua própria vida não foi assim, nem Ele pôde garantir isso a seus discípulos. Por isso, Ele ensina aos discípulos o seu próprio caminho: “quem perder a própria vida por causa de mim, vai encontrá-la”.

O valor mais alto, ao qual tudo está subordinado, não é a vida terrena, mas a união com Jesus. Esta é preferível a todo o resto. Esta união se manifesta numa ilimitada confiança em Jesus, no esforço de modelar a própria vida segundo o seu exemplo e os seus ensinamentos. Quem na sua vida terrena procurou a união com Ele, pertencerá a Ele também na sua glória. Tomar a cruz de Jesus é estar unido a Ele, e seguindo o seu caminho, provar o que significa plenitude de vida.

Na I leitura, nos é proposta a figura do profeta Jeremias, que viveu profundamente este drama. Do cap. 20, lemos uma espécie de confissão de Jeremias: “Seduziste-me, Senhor e eu deixei-me seduzir; foste mais forte, tiveste mais poder (como um amante decepcionado). Enganaste-me, enrolaste-me. Veja a que ponto cheguei por ter me deixado levar por você. “Tornei-me alvo de irrisão o dia inteiro, todos zombam de mim. Todas as vezes que levanto a voz, clamando contra a maldade e invocando calamidades; a palavra do Senhor tonou-se para mim fonte de vergonha e de chacota o dia inteiro”.

O profeta afirma: “não quero mais lembrar-me disso nem falar mais em nome dele”; mas, ao mesmo tempo, admite: senti, então, dentro de mim um fogo ardente a penetrar-me o corpo todo: desfaleci, sem forças para suportar”. É a sede que nossa alma tem de Deus, nossa carne como terra deserta e sem água. E que provoca uma busca ansiosa desde a aurora como diz o salmista. O fato de seguir o Senhor trouxe grande dificuldades para Jeremias e para Pedro também. Mas, não obstante isso, eles seguiram por causa deste fogo ardente. É interessante como na II leitura, Paulo falando aos romanos e a todos nós cristãos, diz: “exorto a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e de julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe agrada”.

É o convite para que sejamos discípulos que não pensam segundo os homens, mas segundo Deus. Pra sermos autênticos e dizer não aos próprios pensamentos. E de seguir fielmente e firmemente Jesus, mesmo se a cruz é pesada. É um convite a não sermos obstaculadores de seu projeto, mas discípulos que o realizam com grande desejo.

Neste sentido, há uma preocupação atual da Igreja com todos os fiéis nesta época de secularismo, de materialismo, de individualismo, mas de modo especial, com todos os sacerdotes como podemos perceber pelas palavras do cardeal emérito de Milão, Carlo Maria Martini, quando afirmou em 2008 que a inveja é o vício clerical, por excelência, e os outros pecados capitais mais presentes no interior da Igreja são a vaidade e a calúnia. Martini ainda citou o carreirismo na Igreja, onde “cada um quer ser mais que o outro”.

Neste sentido, o Papa Bento XVI, por ocasião do ano sacerdotal, abordou em vários momentos este assunto: “convido os padres e os seminaristas a estimar, no seguimento de São Domingos, o valor espiritual do estudo das verdades reveladas, das quais depende a qualidade do seu ministério presbiteral”. Bento XVI destacou de São Domingos sua renúncia aos privilégios pessoais, frisando que poderia ter conseguido em uma promissora carreira eclesiástica, à qual renunciou, dedicando-se humildemente às tarefas que lhe foram confiadas. “Não seria talvez uma tentação a da carreira, do poder, uma tentação da qual nem sequer estão imunes aqueles que têm um papel de animação e de governo na Igreja?”, perguntou. Bento XVI defendeu que não se pode ser sacerdote visando “fazer carreira” ou “ocupar um alto cargo na Igreja”, apelando a uma vida de serviço aos outros, à imagem de Jesus Cristo.

Em outra ocasião, durante a homilia da celebração eucarística, na Basílica de São Pedro, em que ordenou 15 novos sacerdotes da Diocese de Roma, o Papa criticou “o homem que, pelo sacerdócio, quer ser importante”, repudiando que se possa ter como objetivo, na vida sacerdotal, “a exaltação pessoal e não o servir humildemente Jesus Cristo”. Ele ainda ressaltou que o sacerdote deve “existir para os outros, para Cristo, e assim através dele e com Ele existir para os homens”. Para o Papa, “o único acesso legítimo ao ministério pastoral é a cruz. Essa é a porta”.

domingo, 21 de agosto de 2011

— Ele está no meio de nós!
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naqueles dias, 39Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu".
46Então Maria disse: "A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, 48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam. 51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. 54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre".
56Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Hoje é a festa da visitação de Nossa Senhora à sua prima Isabel, e o evangelho narra esta visita. Quando Lucas fala de Maria, pensa à comunidade do seu tempo que viviam separados nas cidades do Império Romano e lhes oferece em Maria um modelo de como devem se relacionar com a Palavra de Deus. Certa vez, ouvindo Jesus falar de Deus, uma mulher do povo exclamou: “Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram!”, elogiando assim a Mãe de Jesus. Imediatamente, Jesus respondeu: “Felizes, muito mais aqueles que escutam a palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11,27-28). Maria é o modelo da comunidade fiel que sabe praticar a Palavra de Deus. Descrevendo a visita de Maria a Isabel, o evangelista ensino como devem agir as comunidades para transformar a visita de Deus no serviço aos irmãos e às irmãs.

• O episódio da visita de Maria a Isabel deixa claro outro aspecto típico de Lucas. Todas as palavras e as atitudes, sobretudo o cântico de Maria, são uma grande celebração de louvor. Parece a descrição de uma solene liturgia. Assim, Lucas, lembra o ambiente litúrgico e celebrativo, em que Jesus se formou e no qual as comunidades devem viver a própria fé.

• Lucas 1,39-40: Maria visita sua prima Isabel. Lucas acentua a prontidão de Maria em responder às exigências da Palavra de Deus. O anjo lhe falou da gravidez de Isabel e Maria, imediatamente, se levanta para verificar o que o anjo lhe tinha anunciado, e sai de casa para ajudar uma pessoa que passa necessidades. De Nazaré até às montanhas da Judá são mais de 100 quilômetros! Não havia carros, ônibus ou trens.

• Lucas 1,41-44: A saudação de Isabel. Isabel representa o Antigo Testamento que está em seus momentos finais. Em Maria, é o Novo que está despontando. O Antigo Testamento acolhe o Novo com gratidão e confiança, reconhecendo nele o dom gratuito de Deus que vem realizar e completar toda e qualquer expectativa do povo. No encontro das duas mulheres se manifesta o dom do Espírito que faz exultar de alegria o ser que está no ventre de Isabel. A Boa Nova de Deus se revela sua presença numa das coisas mais comuns da vida humana: duas mulheres do lar que trocam as visitas para se ajudar. Visita, alegria, gravidez, crianças, ajuda recíproca, casa, família: Lucas quer deixar intuir e ajudar a descobrir nas comunidades (e a todos nós) a presença do Reino. As palavras de Isabel, até hoje, fazem parte da oração mais conhecida e rezada em todo o mundo que é a Ave Maria.

• Lucas 1,45: O elogio de Isabel a Maria. “Feliz aquela que acreditou na realização das palavras do Senhor”. É o lembrete de Lucas às comunidades: acreditar na Palavra de Deus, porque tem a força de realizar o que Ela afirma. É Palavra criadora. Gera uma nova vida no seio de uma virgem, no seio de pessoas pobres e abandonadas que A acolhe com fé.

• Lucas 1,46-56: O cântico de Maria. Muito provavelmente, este cântico, era já conhecido e cantado nas comunidades. Ela ensina como deve ser rezado e cantado. Lucas 1, 46-50: Maria inicia proclamando a mudança que se deu em sua vida graças ao olhar amoroso de Deus, cheio de misericórdia. Por isso, canta feliz: “Exulto de alegria em Deus, meu Salvador”. Lucas 1, 51-53: canta fidelidade de Deus para com seu povo e proclama a mudança que o braço de Javé está realizando em favor do pobres e dos famintos. A expressão “braço de Deus” lembra a libertação do Êxodo. É esta força salvadora de Deus o que dá vida à mudança: dispersa os orgulhosos (1, 51), derruba os tronos dos poderosos e levanta os humildes (1, 52), manda de volta os ricos de mãos vazias e enche de bens os famintos (1, 53). Lucas 1, 54-55: No final, ele lembra que tudo isso é expressão da misericórdia de Deus para com seu povo e expressão de sua fidelidade às promessas feitas a Abraão. A Boa Nova não é uma resposta à observância da Lei, mas expressão da bondade e da fidelidade de Deus às promessas feitas. É o que Paulo ensina nas cartas aos Gálatas e aos Romanos.

O segundo livro de Samuel conta a história da Arca da Aliança. Davi quis colocá-la em sua casa, mas ficou com medo e disse: “Como pode vir a mim a Arca do Senhor?” (2 Sm 6,9). Davi ordenou, assim, que a Arca fosse colocada na casa de Obed-Edom. “E a Arca do Senhor ficou três meses na casa de Obed-Edom, e o Senhor abençoou Obed-Edom e toda a sua casa” (2 Sm 6, 11). Maria, à espera de Jesus, é como a Arca da Aliança que, no Antigo Testamento, visitava as casas das pessoas levando benefícios. Ela vai até a casa de Isabel e fica lá três meses. E enquanto fica na casa de Isabel, toda a família é abençoada por Deus. A comunidade deve ser como a Nova Arca da Aliança. Visitando a casa das pessoas, deve trazer benefícios e a graça de Deus às pessoas.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 23Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no reino dos Céus. 24E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. 25Ouvindo isso, os discípulos ficaram muito espantados, e perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?” 26Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível”.
27Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?” 28Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. 29E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. 30Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos. E muitos que agora são os últimos, serão os primeiros.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor
.


HOMILIA


Difícil um rico entrar no reino-MT-19,23-30
Depois de Jesus nos ter falado sobre o jovem rico, um estudioso da Lei, cumpre todos os parágrafos, não é desonesto, nem mentiroso, nem violento, nem adúltero, nos propõe hoje o texto que fala do perigo das riquezas. Vendo o homem, Jesus acha-o não longe do Reino do Céu por isso faz-lhe um convite a vender tudo e distribuí-lo aos pobres: se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga. Porém, o conceito que ele tinha de riqueza diverge do conceito do Mestre. Para Este a Lei é o varal da fraternidade, é resposta à Aliança gratuita e generosa oferecida por Deus. É partilha, é comunhão. Assim, se os bens não forem entendidos como dons que devem ser partilhados com os pobres não teremos direito a herdar o Reino do Céu. Veja que Jesus indica uma dificuldade real, uma necessidade de esforço penoso e não uma impossibilidade.
Ao jovem que já era fiel observante dos mandamentos, Jesus faz uma proposta radical: vender tudo, distribuir o dinheiro aos pobres e segui-lo. O jovem se retirou triste, porque era muito rico. Não teve coragem para desvencilhar-se de tudo, tornar-se discípulo e aderir ao compromisso de construir o Reino. E Jesus adverte sobre o perigo que a riqueza pode significar para a liberdade e o desenvolvimento pleno da pessoa. O Eclesiástico lembra que ela pode se tornar um forte obstáculo para a integridade (cf Eclo 32, 1-11). Certamente, a palavra de Jesus: Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus (Mt 19, 23-24), além de alertar para o risco que corre o rico em ordem à sua salvação, alude à dificuldade para um seu engajamento mais pleno na construção do Reino, que é vida para todos, no aqui e no agora de nossa existência.
Os Padres da Igreja, dos primeiros séculos pós-catacumba, explicam que a razão da dificuldade tem a ver com minha relação com Deus, comigo mesmo, com os outros. O que entendem por rico e riqueza, não é quantidade absoluta de bens, mas situação na sociedade. Quem tem 10% dos bodes da tribo de criadores primitivos, é rico; não importa se dispõe de menos bens do que hoje vemos.
Riqueza é condição material concreta adequada do poder. Mas como o poder em si mesmo, ela em si não é má. O Senhor não condena nem os ricos nem as riquezas; mas adverte os seus discípulos do perigo que correm, se lhes entregarem o coração. Em contrapartida, a atitude desprendida de Pedro e dos outros Apóstolos é caminho certo para entrar no reino de Deus. O mundo novo que o Filho de Deus nos revelou na sua morte e ressurreição inaugurou a regeneração do Universo, em que tudo é julgado por outros critérios.
A graça de Deus pode fazer gente profundamente evangélica: Henrique II imperador da Alemanha, Luis IX rei de França, Isabel rainha de Portugal e a duquesa Edviges, cujo fundo rotativo de ajuda ao camponês encalacrado a fez padroeira de todos os endividados. Mas ser rico é risco. Risco em nossa relação com Deus, exposta a duas variantes da mesma tentação: o ateísmo prático e a idolatria.
A riqueza ameaça minha relação comigo. Os bens são nossos servos, para nossa vida e vida plena, nossa e de todos ao nosso redor, para nossa realização como pessoas, também diante de Deus. No momento em que eles não mais nos servem, mas nós servimos a eles, começa o desvio.
A riqueza me separa dos outros, afasta-me deles. Os bens deste mundo em si são bons, presentes carinhosos do Deus que quer que todos os seres humanos tenham vida e vida plena.
Que a verdade proferida por Jesus me ensine a ter um coração mais desapegado dos bens terrenos e mais rico da presença de Deus. Pois, o desapego dos bens terrenos é um caminho de sincera humildade e confiança em Deus. Pai, desapega meu coração das coisas deste mundo, livrando-me da ilusão de buscar segurança nos bens acumulados. E reforça minha fé na Providência!

sábado, 13 de agosto de 2011

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 21Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. 22Eis que uma mulher cananeia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” 23Mas, Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. 24Jesus respondeu: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. 25Mas, a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus, e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” 26Jesus lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-los aos cachorrinhos”. 27A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” 28Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E desde aquele momento sua filha ficou curada.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Jesus, escreve Mateus, da região da Galileia “retirou-se” para a região de Tiro e Sidônia (atual Líbano), antigas cidades fenícias, com importantes portos comerciais, ricas e pujantes, mas também marcadas por egoísmos e injustiças sobretudo contra os pobres. Por causa disso os profetas do Antigo Testamento pronunciaram vários oráculos de condenação contra essas cidades. Jesus vai para esta região e logo aparece uma mulher “Cananéia”. É uma pagã. Certamente ouviu falar bem de Jesus e não quer perder a ocasião para conseguir um sinal prodigioso em favor de sua filha. Chegando diante dele, pede ajuda para a filha “atormentada por um demônio”. Apesar da atitude de indisponibilidade de Jesus, ela não desiste em gritar por ajuda. Sua insistência provoca a intervenção dos discípulos. Analogamente ao episódio da multiplicação dos pães, eles queriam que Jesus a mandasse embora: “Atende-a e manda-a embora”, lhe sugerem. Mas Jesus responde afirmando que sua missão se limita a Israel. Aquela mulher não se dá por vencida, e pede pela segunda vez com palavras essenciais, mas fortes côo o drama da filia: “Senhor, socorre-me!”. E Jesus responde com uma inusitada dureza: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos!”. Com o apelido “cachorrinhos”, na tradição bíblica, retomada pelos textos judaicos, se aludia aos adversários, aos pecadores e aos povos pagãos idólatras.

Mas a mulher aproveita a deixa que Jesus lhe dá e diz (assim poderíamos traduzir a frase): “Mas é lógico, Senhor! De fato até os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” Também os cachorros, os excluídos, ficam satisfeitos com as migalhas que lhe são jogadas. Esta mulher pagã enfrenta Jesus de igual para igual. Poderíamos dizer que sua confiança naquele profeta é maior que a própria resistência do mesmo profeta. E por isso Jesus responde, por fim, com uma expressão inusitada nos evangelhos: esta é “grande fé”, não “pouca fé”. O mesmo elogio Jesus o fez ao centurião, e ambos eram pagãos. Mais uma vez o Evangelho nos propõe a essencialidade da confiança em Deus que liberta da angústia de confiar só em si mesmos e nos homens. A fé desta mulher convence Jesus a realizar a cura. Escreve o evangelista: «Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E desde aquele momento sua filha ficou curada». Diante de uma fé como esta nem Deus pode resistir!

Para uma avaliação pessoal

• Diante das dificuldades, muitas vezes ouvimos dos outros para termos fé! Sou alguém de “pouca” ou de “grande fé”?

• Por causa de nossa proximidade com Deus podemos cair na ilusão de que Deus só ao nosso pedido vai nos atender. A mulher fenícia, não desanima, enfrenta Jesus. Tenho esta mesma persistência em confiar sem desanimar em Deus?

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor
.

Naquele tempo, 3alguns fariseus aproximaram-se de Jesus, e perguntaram, para o tentar: “É permitido ao homem despedir sua esposa por qualquer motivo?” 4Jesus respondeu: “Nunca lestes que o Criador, desde o início, os fez homem e mulher? 5E disse: ‘Por isso, o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne’? 6De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe”.
7Os fariseus perguntaram: “Então, como é que Moisés mandou dar certidão de divórcio e despedir a mulher?” 8Jesus respondeu: “Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza do vosso coração. Mas não foi assim desde o início. 9Por isso, eu vos digo: quem despedir a sua mulher – a não ser em caso de união ilegítima – e se casar com outra, comete adultério”. 10Os discípulos disseram a Jesus: “Se a situação do homem com a mulher é assim, não vale a pena casar-se”.
11Jesus respondeu: “Nem todos são capazes de entender isso, a não ser aqueles a quem é concedido. 12Com efeito, existem homens incapazes para o casamento, porque nasceram assim; outros, porque os homens assim os fizeram; outros, ainda, se fizeram incapazes disso por causa do Reino dos Céus. Quem puder entender entenda
”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

"O homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne"

Quem casa quer casa longe da casa onde casa. É um ditado que se refere à independência que o casal de jovens deve ter em relação aos pais, porque muitos casamentos já foram desfeitos pelos pais dos cônjuges, principalmente pela sogra. Aí é que está o "x" da questão. A sogra, salvo casos especiais, não tem a menor intenção de prejudicar os recém-casados. Tudo ela faz com a melhor das intenções, isto é, só para ajudar aqueles jovens inexperientes em matéria de convivência a dois. Mais para o casal, as atitudes da sogra em relação a eles, não passam de interferências, ou intrometimentos, que tiram a sua liberdade, e a sua autoridade com relação aos filhos, e até interrompe a sua privacidade. É uma situação complicada e geradora de brigas fatais entre os dois, porque se o marido reclama das interferências da sogra na vida dele, a esposa se ofende porque está falando da sua querida mãe. Do mesmo modo, por sua vez, o marido fica aborrecido quando a mulher reclama da sogra que é a mãe dele. E por aí vão as brigas que se avolumam a ponto de causar uma separação. Certa vez tive a honra de ser convidado para o casamento de um conceituado e bem sucedido empresário, da minha cidade, e no final da cerimônia, o sacerdote chamou as mães dos recém-casados até o altar, e mandou que as duas repetissem em voz alta, que não iriam se intrometer na vida dos dois. Todos os presentes levaram aquela cena na esportiva, e muitos até elogiaram a atitude daquele padre, principalmente quem já teve ou estava tendo algum tipo de aborrecimento por causa da sogra. Está aqui uma bela sugestão aos celebrantes de casamentos: Convidar as sogras para fazer um juramento no altar, diante de Deus, que vão deixar os dois jovens viverem a sua vida, formando uma só carne. E por formar uma só carne, se entende que a partir do altar, o corpo de um passa a pertencer ao corpo do outro, o que não dá o direito nem a esse nem àquele de ter nenhuma aventura com o seu corpo fora do seu compromisso de casamento celebrado pelo ministro de Deus na presença e com o consentimento de Deus e tendo a sociedade local como testemunha. É Por isso que o que Deus uniu, o homem ou a mulher não devem separar. E é bom lembrar que neste mandamento de Jesus está incluída a sogra também.

Maria, mãe da Sagrada Família. Rogai a Jesus pelas nossas famílias. Para que haja paz, amor, união, compreensão e principalmente a presença de Deus em todas elas. Amém.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Festa  de  São Raimundo Nonato

De 21  a  31  de agosto

Participe!!!

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo disse Jesus a seus discípulos: 24“Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto.
25Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

A explicação da parábola da semente que cai na terra germina e dá frutos, somos todos nós que nos entregamos pela causa do Reino de Deus. Na verdade, alguns fazem entrega total de si, como os sacerdotes e as freiras. Mas nós também somos exemplos de autoentrega pela evangelização. Somos catequistas e renunciamos a uma porção de coisas para poder realizar de forma aceitável o nosso trabalho. Primeiro lutamos 24 horas por dia para renunciar o pecado. O que não quer dizer que o façamos totalmente. Mas pelo menos tentamos. Em seguida renunciamos a uma porção de coisas como o lazer, o convívio total com a família, etc. O grão que não morre fica só. Aqui o trecho do evangelho se refere àqueles que nem estão aí para o Reino de Deus. Querem mais é cuidar da sua vida e não têm tempo para Deus. E aí acontece o contrário do que eles almejam. Suas vidas acabam definhando-se pela ausência de Deus. Não é que Deus seja vingativo e nos abandona. Somos nós que O abandonamos por causa do nosso individualismo e o apego às coisas desta vida. O grão, para multiplicar-se em novos frutos, tem que cair na terra e morrer. Isso é a doação de si mesmo, dizer não aos instintos para poder se aproximar de Deus, se santificando para poder santificar os outros. É a comunicação da palavra, a fraternidade e o serviço à vida. A morte não é o último ato isolado da existência humana, mas é o termo de uma vida devotada ao amor fraterno, por amor a Deus. Apegar-se à vida é querer resolver os problemas da existência com os nossos recursos sem recorrer à força poderosa e infinita de Deus que está sempre à nossa disposição. É quando não conseguimos os nossos intentos, pois tudo é mais difícil quando nos afastamos do Pai. O ideal ou o certo é guardar a vida na vida eterna plantando aqui para colher um dia lá. Para chegar a esse ponto, temos que dar o desprezo a esta ideologia de sucesso e poder, que impõe a submissão pelo temor. Quem não teme a própria morte está livre para colocar-se totalmente a serviço da vida eterna. O seguimento de Jesus se faz com o abandono total de si mesmo, a favor da evangelizaçã

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Vem aí…

O ANO VICENTINO, EM VÁRZEA ALEGRE: de Setembro de 2011 a Setembro de 2012, com o tema: SSVP – Berço Vocacional, Ser Vicentino é Bom Demais!!!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

05 de agosto/2011

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 24Jesus disse aos discípulos: "Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.
26De fato, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro mas perder a sua vida? Que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta. 28Em verdade vos digo: Alguns daqueles que estão aqui não morrerão antes de verem o Filho do Homem vindo com seu Reino".
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Seguir a Jesus Cristo significa renunciar a si mesmo e tomar a sua cruz. A vida toda de Jesus foi viver esta palavra que está no Evangelho de hoje, Jesus sempre renunciou a si mesmo, ele nunca viveu em função de si próprio, nunca buscava a sua realização ou a satisfação de interesses humanos. Ele sempre procurou viver para os seus irmãos e para suas irmãs, estava sempre pronto para servir e não veio para fazer a sua vontade, mas a vontade daquele que o enviou, de modo que a sua vida foi a constante busca da realização do Reino de Deus e o mistério da cruz foi a coroação de toda uma vida vivida não para si, mas para os outros e para Deus. Quem quer ser discípulo de Jesus deve viver segundo os seus ensinamentos e seguir este seu grande exemplo.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Evangelho (Mateus 16,13-23)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.
15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.
20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. 21Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia.
22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” 23Jesus, porém, voltou-se para Pedro, e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor
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Estamos em Cesaréia de Filipe e Jesus quer medir o termômetro sobre si e então pergunta aos seus discípulos: E para vós quem é o filho do homem? Um profundo silêncio se espalha entre eles e num tom celestial Pedro responde: Tu és o Cristo, Filho do Deus vivo.

Jesus ganha um adjetivo. Ele é o Cristo, Ungido. O termo deriva do fato que no Antigo Testamento os reis, profetas e sacerdotes, no momento de sua eleição, eram consagrados mediante uma unção com óleo perfumado. Mas cada vez mais claramente na Bíblia se fala de um Ungido ou Consagrado especial que virá nos últimos tempos para realizar as promessas de salvação de Deus a seu povo. É o chamado messianismo bíblico, que assume diversos matizes segundo o Messias é visto, como um futuro rei ou como o Filho do homem de Daniel.

Toda a tradição primitiva da Igreja é unânime ao proclamar que Jesus de Nazaré é o Messias esperado. Ele mesmo, segundo Marcos, se proclamará tal ante o Sinédrio. À pergunta do sumo sacerdote: És tu o Cristo, o Filho do Bendito?, Ele responde: Sim, eu o sou.

Jesus aceita ser identificado com o Messias esperado, mas não com a idéia que o judaísmo havia construído sobre o Messias. Na opinião dominante, este era visto como um líder político e militar que livraria Israel do domínio pagão e instauraria, através da força, o reino de Deus na terra.

Jesus tem que corrigir profundamente esta idéia, compartilhada por seus próprios apóstolos, antes de permitir que se falasse d?Ele como Messias. A isso se orienta o discurso que segue imediatamente: E começou a ensiná-los que o Filho do homem devia sofrer muito… A dura palavra dirigida a Pedro, que busca dissuadi-lo de tais pensamentos: Afasta-te de mim, Satanás: é idêntica à dirigida ao tentador do deserto. Em ambos os casos, tratam-se, de fato, do mesmo objetivo de desviar-lhe do caminho que o Pai lhe indicou, o do Servo sofredor de Javé, por outro que é segundo os homens, não segundo Deus.

A salvação virá do sacrifício de dar a vida em resgate de muitos, não da eliminação do inimigo. De tal maneira, de uma salvação temporal se passa a uma salvação eterna, de uma salvação particular — destinada a um só povo — se passa a uma salvação universal.

Lamentavelmente, temos de constatar que o erro de Pedro se repetiu na história. Também determinados homens e mulheres de Igreja, se comportaram em certas épocas como se o reino de Deus fosse deste mundo e como se fosse necessário afirmar-se com a vitória sobre os inimigos, em vez de fazê-lo com o sofrimento e o martírio.

Todas as palavras do Evangelho são atuais, mas o diálogo de Cesaréia de Filipe o é de forma de todo especial. A situação não mudou. Também hoje, sobre Jesus, existem as mais diversas opiniões das pessoas: um profeta, um grande mestre, uma grande personalidade. Converteu-se em uma moda apresentar Jesus nos espetáculos e nas novelas, nos costumes e com as mensagens mais estranhas. O Código da Vinci é só o último episódio de uma longa série.

No Evangelho, Jesus não parece surpreender-se com as opiniões das pessoas, nem se preocupa em desmenti-las. Só propõe uma pergunta aos discípulos, e assim o faz também hoje: Para vós, para você, quem sou eu?. Existe um salto por dar, que não vem da carne nem do sangue, mas que é dom de Deus que é preciso acolher mediante a docilidade a uma luz interior da qual nasce a fé. Cada dia, há homens e mulheres que dão este salto. Às vezes, trata-se de pessoas famosas — atores, atrizes, homens de cultura –, e então são notícia. Mas infinitamente mais numerosos são os crentes desconhecidos. Em certas ocasiões, os não crentes interpretam estas conversões como fraqueza, crises sentimentais ou busca de popularidade, e pode dar-se que em algum caso seja assim. Mas seria uma falta de respeito à consciência dos outros arrojar descrédito sobre cada história de conversão.

Uma coisa é certa: os que deram este salto não voltarão atrás por nada do mundo, e mais ainda, se surpreendem de ter podido viver tanto tempo sem a luz e a força que vem da fé em Cristo. Como São Hilário de Poitiers, que se converteu sendo adulto, estão dispostos a exclamar: Antes de conhecer-te, eu não existia.

Tenho de proclamar o seu nome: Jesus é o Cristo, o Filho de Deus vivo. Foi Ele quem nos revelou o Deus invisível, é Ele o Primogénito de toda a criação, é nele que todas as coisas têm a sua subsistência. Ele é o senhor da humanidade e o seu redentor, que nasceu, morreu e ressuscitou por nós.

Ele é o centro da história do mundo; conhece-nos e ama-nos; é o companheiro e o amigo da nossa vida, o homem das dores ( Is 53, 3) e da esperança; é aquele que há-de vir, que será finalmente o nosso juiz e também ? assim confiamos ? a nossa vida plena e a nossa beatitude

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Informação

NESTE PRÓXIMO DOMINGO, DIA 07/08 HAVERÁ REUNIÃO DO CPVA A PARTIR DAS 9:30H

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 21Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. 22Eis que uma mulher cananeia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!” 23Mas, Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. 24Jesus respondeu: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. 25Mas, a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus, e começou a implorar: “Senhor, socorre-me!” 26Jesus lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-los aos cachorrinhos”. 27A mulher insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” 28Diante disso, Jesus lhe disse: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!” E desde aquele momento sua filha ficou curada.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
Homilia


Uma fé perseverante-MT-15,21-28
Depois de Jesus ter andado a espalhar pela Galiléia junto dos seus a chegada do Reino dos Céus, ele decide-se a ir para terra estrangeira, para a região de Tiro e Sidon que fica ao norte da Galiléia, no atual Líbano, uma terra estrangeira onde a maior parte das pessoas eram não-judias, ao contrário da Galiléia, onde quase todos eram judeus. Uma delas era esta mulher que foi ter com Jesus. Esta mulher, sem nome, o evangelista Marcos chama-a de Síro-Fenícia, Mateus diz que ela é cananéia. Os dois títulos têm o mesmo significado: é uma mulher estrangeira.
Ela tinha uma filha endemoniada. A mãe não sabia mais o que fazer para livrar a pobre coitada daquele sofrimento. O demônio não deixava a menina em paz em nenhum momento. A mãe da menina aproveitou que Jesus estava por ali, chegou e gritou: “Jesus tenha pena de mim! Minha filha está horrivelmente dominada por um demônio!” Ela conhecia Jesus de nome e sabia que Ele era muito bom e tinha poder para mandar embora os demônios. A princípio, Jesus não falou nada nem fez nada. Também não parou de andar para dar atenção à mulher. Mas ela foi atrás dele gritando: “Jesus, tenha pena de mim!” Os amigos de Jesus entenderam o sofrimento daquela mãe e pediram para que o Senhor a mandasse embora. Jesus não mandou a mulher embora, mas fingiu que não iria atender o seu pedido. Para provar a fé daquela mulher, Ele disse que curava gente de seu país, e não gente de outro país.
A mulher movida de uma fé que ultrapassa a dos discípulos grita a Jesus: “Tem compaixão de mim, Senhor, filho de Davi! Minha filha tem uma doença maligna”. Jesus não responde. Os discípulos, incomodados, dizem-lhe: “Manda-a embora, pois vem gritando atrás de nós”.
A mulher, porém, jogou-se aos pés de Jesus: “Senhor, ajuda-me!”. Jesus insiste em não querer envolver-se no caso de uma estrangeira: “Não está certo tirar o pão dos filhos, para jogá-lo aos cachorrinhos”. Ela, porém, apesar de reconhecer que não tem esse direito insiste na sua humilde “súplica”: “É verdade, Senhor, mas também os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa de seus donos”. Então, Jesus respondeu: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres”. E, a partir daquela hora, a filha da cananéia ficou curada.
A mulher cananéia é um modelo de súplica humilde, como o centurião de Cafarnaum (Mt 8,5-13), e perseverante, como o cego Bartimeu (Mc 10,46-52). O centro do episódio é Jesus. Ele aparece livre, sereno, firme. No mesmo capítulo 15 de Mateus, Jesus se distancia das tradições dos escribas e fariseus. No episódio da cananéia, ele é pressionado pelos próprios discípulos para que despeça a mulher importuna. Mas Jesus se deixa vencer pela súplica de uma mãe angustiada. Não são os gritos da cananéia que o comovem, mas a perseverança da sua fé. Por ser pagã, ela não teria direito, mas a sua filha foi curada por pura graça. Jesus realiza um gesto soberano e profético, que anuncia o acesso dos pagãos (chamados de “cães”, pelos judeus) à salvação.
A insistência e ousadia da mulher cananéia, fez com que Jesus atendesse seu pedido e com isso provou para todos que em Deus não há diferença entre cultura, cor, raça, credo ou região. Uma grande lição para levarmos para nossas vidas é que precisamos ter uma fé teimosa, insistente, chata, daquelas que chega a incomodar, que não desanima nunca, que não se frustra. Pois assim, quando Deus provar a nossa fé, conseguiremos manter-nos firmes e fiéis. A perseverança da fé dessa mulher deve nortear também a tua. Insista que Jesus vai atender. A promessa é mesmo dele: Batei, e a porta se vos abrirá, buscai e achareis. Exercite sua fé na oração, na reflexão da palavra e no testemunho de sua vida.
Senhor, que eu seja mais sensível ao sofrimento dos pobres desta terra, do que aos “direitos adquiridos” dos sábios e entendidos! Que nas horas em que tu pareces não responder à minha súplica, eu persevere, confiando na tua misericórdia
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domingo, 31 de julho de 2011

Meditando o Evangelho de hoje

Dia Litúrgico: Segunda-feira da 18ª semana do Tempo Comum

Evangelho (Mt 14,13-21): Naquele tempo, ao ser informado da morte de João, Jesus partiu dali e foi, de barco, para um lugar deserto, a sós. Quando as multidões o souberam, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes.
Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e disseram: «Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!». Jesus porém lhes disse: «Eles não precisam ir embora. Vós mesmos dai-lhes de comer!». Os discípulos responderam: «Só temos aqui cinco pães e dois peixes». Ele disse: «Trazei-os aqui».
E mandou que as multidões se sentassem na relva. Então, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção, partiu os pães e os deu aos discípulos; e os discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram saciados, e dos pedaços que sobraram recolheram ainda doze cestos cheios. Os que comeram foram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

Comentário: Rev. D. Xavier ROMERO i Galdeano (Cervera, Lleida, Espanha)

«Ergueu os olhos para o céu...»

Hoje, o Evangelho toca nossos "esquemas mentais"... Por isso, hoje, como nos tempos de Jesus, podem surgir as vozes dos prudentes para sopesar se vale a pena determinado assunto. Os discípulos, ao ver que se fazia tarde e, como não sabiam como atender àquelas pessoas reunidas em torno de Jesus, encontraram uma saída honrosa: «Que possam ir aos povoados comprar comida!» (Mt 14,15). Não podiam esperar que seu Mestre e Senhor contrariasse esse raciocínio, aparentemente tão prudente, dizendo-lhes: «Vós mesmos dai-lhes de comer!» (Mt 14,16).
Um ditado popular diz: «Aquele que deixa Deus fora de suas contas, não sabe contar». E é verdade, os discípulos —e nós também— não sabemos contar, porque nos esquecemos freqüentemente, de acrescentar o elemento de maior importância na soma: Deus mesmo entre nós.
Os discípulos fizeram bem as contas; contaram com exatidão o número de pães e peixes, mas ao dividi-los mentalmente entre tanta gente, eles obtinham sempre um zero periódico; por isso optaram pelo realismo prudente: «Só temos aqui cinco pães e dois peixes» (Mt 14,17). Não percebem que eles têm a Jesus —verdadeiro Deus e verdadeiro homem— entre eles!
Parafraseando a São Josemaria, não nos seria mal recordar aqui que: «os empreendimentos de apostolado, está certo —é um dever— que consideres os teus meios terrenos (2 + 2 = 4). Mas não esqueças nunca! Que tens de contar, felizmente, com outra parcela: Deus + 2 + 2...». O otimismo cristão não é baseado na ausência de dificuldades, de resistências e de erros pessoais, mas em Deus que nos diz: «Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28,20).
Seria bom se você e eu, quando confrontados com as dificuldades, antes de darmos uma sentença de morte à ousadia e ao otimismo do espírito cristão, contássemos com Deus. Tomara que possamos dizer como São Francisco, naquela oração genial: «Onde houver ódio que eu leve o amor», isto é, onde as contas não baterem, que contemos com Deus.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 47“O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. 48Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam.
49Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, 50e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí, haverá choro e ranger de dentes. 51Com­preendestes tudo isso?” Eles responderam: “Sim”.
52Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo mestre da Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”.53Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

«Recolhem em cestos o que é bom e jogam fora o que não presta»

Hoje, o Evangelho constitui uma chamada vital à conversão. Jesus não nos poupa da dura realidade: «Os anjos virão para separar os maus dos justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo» (Mt 13,49-50). E a advertência é clara! Não podemos fraquejar.
Agora devemos optar livremente: ou buscamos a Deus e ao bem com todas as nossas forças, ou colocamos nossa vidas à beira da morte. Ou estamos com Cristo ou estamos contra Ele. Converter-se significa, nesse caso, optar totalmente por fazer parte do grupo dos justos e levar uma vida digna de filhos. Porém, temos em nosso interior a experiência do pecado: sabemos o bem que deveríamos fazer, mas fazemos o mal; como podemos dar uma verdadeira unidade às nossas vidas? Sozinhos, não podemos fazer muito. Somente se nos colocamos nas mãos de Deus podemos fazer algum bem e pertencer ao grupo dos justos.
«Por não sabermos quando virá nosso Juiz, devemos viver cada dia como se não houvesse o dia seguinte» (São Jerônimo). Essa frase é um convite a viver com intensidade e responsabilidade nossa vida cristã. Não se trata de ter medo, mas sim de viver com esperança esse tempo de graça, louvor e glória.
Cristo nos ensina o caminho para nossa própria glorificação. Cristo é o caminho, portanto, nossa salvação, nossa felicidade e tudo o que possamos imaginar passa por Ele. E se tudo o temos em Cristo, não podemos deixar de amar a Igreja que nos o apresenta e é seu corpo místico. Contra as visões puramente humanas dessa realidade é necessário que recuperemos a visão divino-espiritual: nada melhor do que Cristo e o cumprimento de sua vontade!

                  NÃO dê ouvidos às intrigas e calúnias; só a árvore que produz frutos é que se ver apedrejada para deixá-los cair.

               A árvore estéril ninguém dá importância.

A calúnia, muitas vezes, é uma honra para quem recebe.

            Não pare seu serviço por causa da calúnia.

Se para de fazer o que estava fazendo, dá razão ao caluniador.

           Siga a frente, e todos acabarão calando-se e no fim ainda baterão palmas ao seu trabalho.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

COMPROMISSOS DA SSVP – MÊS DE JULHO:

DIA 23. Novena de Senhora Santana – Sítio Timbaúba (19h)

Novena de S. Vicente – Sítio Novo Jordão (19h)

DIA 25. Sítio Caiçara (19h)

REUNIÃO DO CPVA – Conselho Particular de Várzea Alegre

2º DOMINGO DE CADA MÊS ÀS 9:30H

 

 

quarta-feira, 20 de julho de 2011


,                                       Evangelho: Mateus (Mt 13, 10-17

Naquele tempo, 10os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que tu falas ao povo em parábolas?” 11Jesus respondeu: “Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado. 12Pois à pessoa que tem, será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem, será tirado até o pouco que tem. 13É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando, eles não vêem, e ouvindo, eles não escutam, nem compreendem.14Deste modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Havereis de ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar, sem nada ver. 15Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure’.

  

16Felizes sois vós, porque vossos olhos vêem e vossos ouvidos ouvem. 17Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram”. "                  Palavra da Salvação!,

Uma das características fundamentais do Mestre é ter e compreender os alvos do seu ministério de ensino. Jesus, o Mestre dos mestres, tinha esta compreensão e sabia que tinha de fazer o Pai conhecido dos homens. Era necessário que se desse atenção especial aos alunos e para que o aluno fosse o elemento mais importante, Jesus tinha que se fazer entendido e compreendido por eles e isto só seria possível se descesse ao nível do aluno, ou seja, se utilizasse um método a que o aluno estivesse acostumado e de elementos que permitissem que o aluno entendesse as verdades espirituais a respeito de Deus. Jesus tinha de usar as parábolas, pois era o método que, ao mesmo tempo, permitiria que todo o povo de Israel, que eram os seus potenciais alunos, pudesse ter real acesso ao conhecimento do Pai, seja pelo fato de que já estavam acostumados a este método de ensino, seja porque a linguagem empregada permitiria uma fácil compreensão de todos quantos quisessem aprender.
Jesus quer que o ensino da sua Palavra se faça de modo claro e acessível a todos os ouvintes, respeitando-se, pois, as condições culturais, educacionais e sociais dos ouvintes. Jesus ensinou por parábolas porque o povo de Israel não poderia ter qualquer desculpa com relação à rejeição do Messias. Ao ensinar por parábolas, Jesus ensinava usando de imagens que todos pudessem compreender. Jesus ensinou por parábolas para mostrar que só não compreende o Evangelho quem não quer. Suas simples palavras podiam ser perfeitamente compreendidas por ouvintes sinceros, e torná-los sábios para a salvação.
Ao ensinar por parábolas, Jesus foi claro, se fazia compreensível a todos, mas esta compreensão exigia, pelo uso do método das parábolas, uma disposição de aprendizado por parte dos ouvintes, uma vontade de um maior aprofundamento, tanto que somente os discípulos, depois de algumas parábolas, demonstravam interesse em aprender as coisas de Deus e, assim, chegavam a pedir ao Senhor que lhes explicasse a parábola de forma mais detalhada. Jesus, assim, tinha o objetivo de mostrar claramente quem tinha e quem não tinha interesse em conhecer o Pai, em outras palavras, quem, realmente, amava a Deus, a ponto de não ser mais chamado servo, mas amigo do Senhor (

terça-feira, 19 de julho de 2011

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo: Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém disse a Jesus: ‘Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo.’ Jesus perguntou àquele que tinha falado: ‘Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?’ E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: ‘Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.’ Palavra da Salvação.
Reflexão:
Jesus não quer que nós sejamos seus servos, pois o amor que ele tem por nós não permite isso. O apóstolo São João nos diz no seu Evangelho que Jesus não chama os seus seguidores de servos, mas de amigos, porque lhes revelou tudo o que o Pai lhe deu a conhecer. Mas no Evangelho de hoje, Jesus vai mais além, ele nos mostra que quer que todos os que ele ama e o amam sejam membros da sua família, participem da sua vida divina. Para demonstrar o amor que temos por Jesus, não basta apenas afirmar o amor que se sente por ele, é preciso ir além, é preciso conhecer e realizar a vontade do Pai. Somente quem faz a vontade do Pai ama verdadeiramente a Jesus, torna-se membro da sua família e participa da sua vida.
Tem coisa melhor no mundo que chegar em casa e ter alguém te esperando? Alguém preocupado contigo, perguntando sobre o teu dia, tuas dificuldades, tuas perdas e tuas vitórias? Alguém sempre disposto, com um ombro amigo, pronto para te ouvir, te abraçar? Se existem estas pessoas elas são a tua família: pai, mãe, irmão, avô, avó, sobrinhos, filhos, netos. Sem dúvida essas pessoas são importantíssimas na tua vida por “N” razões diferentes. Mas pode ter certeza que, todas são importantes para você, sem exceção.
Você se engana quando se acha forte o suficiente para lutar contra os seus problemas, matando um leão por dia nessa selva de pedras. E que selva! Dificuldades, sentimentalismo, angústias, medos; enfim, a vida nos traz problemas e/ou dificuldades, mesmo sendo bela! A família não foi criada para recreação ou por engano; mas exerce uma influência decisiva na formação do indivíduo. Os ataques à família têm um objetivo único: destruir o ser humano.
Uma família que não vive sua responsabilidade deixa muito a desejar e contribui para a banalização do conceito família e se torna responsável pela morte de muitas crianças, adolescentes e jovens. Ela é culpada pelos assaltos e criminalidade nas casas, nas ruas, nas escolas e em todos os ambientes.
O educador Brasileiro, Paulo Freire, dizia o seguinte: “A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a “tirania da liberdade” em que as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes, ameaçam as visitas em face da autoridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberdade”. E para que a sociedade seja o lugar de todos, onde cada um se sinta livre e por isso responsável do que acontece à sua volta é fundamental revermos o conceito que temos de família.
A família é mesmo um porto seguro. Quando mais precisas, sempre estão solícitos em ajudá-lo. Porém, nem sempre encontramos a solução de nossos problemas dentro de nós mesmos ou dentro de nossos familiares.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

NÃO se prenda às opiniões da multidão!
Viva sua vida de acordo com as luzes que lhe chegam do alto.
A multidão julga o lado exterior.
   O íntimo só Deus conhece
  O mundo não pode conhecer os ensinamentos de amor do Mestre.
Prefira obedecer ao Mestre amando sempre, e não dê valor às opiniões da multidão, que tudo faz para que sejamos iguais à ela, sem personalidade e sem opinião própria.

Evangelho (Mateus 12,1-8)

Sexta-Feira, 15 de Julho de 2011
São Boaventura

 

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

1Naquele tempo, Jesus passou no meio de uma plantação num dia de sábado. Seus discípulos tinham fome e começaram a apanhar espigas para comer. 2Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: “Olha, os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido fazer em dia de sábado!”
3Jesus respondeu-lhes: “Nunca lestes o que fez Davi, quando ele e seus companheiros sentiram fome? 4Como entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda que nem a ele nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? 5Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no Templo, os sacerdotes violam o sábado sem contrair culpa alguma?
6Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o Templo. 7Se tivésseis compreendido o que significa: ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’, não teríeis condenado os inocentes. 8De fato, o Filho do Homem é senhor do sábado”.

- Palavra da Salvação.
 

"Quero a misericórdia e não o sacrifício".
O repouso do dia de sábado era uma observância religiosa rigorosamente observada em Israel, era o cúmulo do absurdo e do exagero. Não se podia mover uma palha no dia de sábado. Os judeus seguiam ao pé da letra a  narrativa bíblica da criação do mundo em sete dias, sendo que Deus descansa no sábado. A atitude religiosa de observância a Lei pelo povo, é um verdadeiro fanatismo. Por isso que Jesus e seus discípulos são acusados de desrespeitarem o repouso do sábado. Quem desobedecesse a Lei com mais de seiscentas minuciosas observâncias legais impostas ao povo, era considerado pecador e obrigado a levar ofertas e sacrifícios aos sacerdotes do templo. Foi por isso que Jesus disse que Ele queria misericórdia, e não sacrifícios. Aqui Jesus vai deletar aqueles antigos holocaustos, nos quais eram oferecidos animais a Deus. Se você conhece alguém que faz promessa de subir  o morro de joelhos até a santa que está instalada no topo da pedra, por exemplo, fala para essa pessoa que Jesus prefere uma ato de caridade, uma boa esmola, um prato de comida a um pobre do que ralar os joelhos em sangue naquele sacrifício estúpido.  Jesus não está aqui descartando o sacrifício da penitência como o jejum purificante. Vejam que Ele confirma a importância do Jejum quando os seus discípulos não conseguiram expulsar uns demônios. Jesus afirma que aquele tipo de demônio  só poderão ser expulsos com jejum e muita oração. Lembra? 
Também existem aquelas pessoas que deixam nos bancos da igreja, aquelas novenas por escrito, afirmando que você tem de fazer 500 cópias e distribuir a 500  pessoas para poder alcançar uma graça, como por exemplo, ganhar na loteria. Puro absurdo, coisa típica de quem não conhece a verdadeira Doutrina da Igreja Católica.